quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Vida insana.



Às vezes vejo as pessoas.
Algumas tão sinceras, outras mentirosas.
Umas se axam detentoras da verdade.
Umas meigas, outras rudes e grosseiras.
Umas possuem a capacidade de amar, outras, somente de odiar.
Umas inteleigentes e outras completamente ignorantes.
Cada um, particular a sua maneira.

Mas de tantas pessoas, surgiu uma em especial...
Uma única pessoa capaz de fazer com que até mesmo o mais gelado de todos os corações pudesse finalmente bater no ritmo do amor.
Com seu sorriso meigo e profundo.
Não. Não estou apaixonado, estou amando.

Muitas pessoas poderão ler este texto e pensar ser esta pessoa.
Engana-se, esta pessoa sequer sabe que existo.
Diariamente a vejo, mas nunca sou notado.
A cada instante anseio e busco estar perto dela...mas é em vão.

Encontrei minha Gioconda.
Muito insano e doentio, mas real!


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Johann von Goethe - Que assim te afague...


Que assim te afague, ó meu Amor, e te ouça
A voz divina — como é possível?!
Impossível parece sempre a rosa,
O rouxinol inconcebível.






quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Florbela Espanca - Tortura

Tirar dentro do peito a Emoção,
A lúcida Verdade, o Sentimento!
– E ser, depois de vir do coração,
Um punhado de cinza esparso ao vento!...

Sonhar um verso de alto pensamento,
E puro como um ritmo de oração!
– E ser, depois de vir do coração,
O pó, o nada, o sonho dum momento!...

São assim ocos, rudes, os meus versos:
Rimas perdidas, vendavais dispersos,
Com que eu iludo os outros, com que minto!

Quem me dera encontrar o verso puro,
O verso altivo e forte, estranho e duro,
Que dissesse, a chorar, isto que sinto!!
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Poema de sua obra: O livro das mágoas.

Difícil postar.
Não há o que escrever.
Palavras..vãs palavras.

Final de semana passada...um tédio.
Esta semana..intrigante.
Passei por lutas, dúvidas e tudo quanto uma pessoa experimenta durante uma vida inteira.

No mais..estou re-inventando a vida!
Tentando faze-la melhor.
Em breve, novidades!
=)

A quem tem paciência para ler..obrigado!

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Florbela Espanca - EU.


Eu sou o que no mundo anda perdido,
Eu sou o que na vida não tem norte,
Sou o irmão do Sonho, e desta sorte
Sou o crucificado... o dolorido...
Sombra de névoa tênue e esvaecida,
E que o destino amargo, triste e forte,
Impele brutalmente para a morte!
Alma de luto sempre incompreendida!...

Sou aquele que passa e ninguém vê...
Sou o que chamam triste sem o ser...
Sou o que chora sem saber porquê...
Sou talvez a visão que Alguém sonhou,
Alguém que veio ao mundo pra me ver,
E que nunca na vida me encontrou!
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Transcende palavras..
O "eu" assim como é, assim como se vê.
Florbela Espanca, sem dúvida uma das poetisas das quais mais me identifico.
Texto original escrita no gênero feminino, de sua obra: O livro das mágoas.

O "eu" propriamente dito.

"Ser, ou não ser, eis a questão."
O vivenciamento de tais conflitos sempre estiveram presentes na vida de qualquer ser humano.
Não seria portanto, muito diferente comigo..
Aqui buscarei colocar muitos destes conflitos e experiências por mim vividas ao longo de 19 anos de vida.
Poemas de minha própria autoria ou mesmo de outros que possam vir a relatar aquilo que sinto, que vejo, e que sou.

Espero que gostem e, aos que visitam (se é que há), VOLTEM SEMPRE!